Quem é Jesus para você?
- Willer Félix
- 8 de abr.
- 4 min de leitura

Retornando ao nosso estudo do evangelho de Mateus, continuaremos a falar sobre a entrada do Senhor Jesus na cidade de Jerusalém. Já vimos aqui: Por que os judeus não creem no Senhor Jesus como Messias? Sobre as profecias acerca de Cristo, que se tratava do cumprimento de mais uma profecia messiânica, embora a conclusão do trecho nos aponte que o grosso da multidão não compreendia de fato o que estava acontecendo naquele instante.
Prossiga com a leitura do texto bíblico:
"E, indo os discípulos, e fazendo como Jesus lhes ordenara, trouxeram a jumenta e o jumentinho, e sobre eles puseram as suas vestes, e fizeram-no assentar em cima. E muitíssima gente estendia as suas vestes pelo caminho, e outros cortavam ramos de árvores, e os espalhavam pelo caminho. E a multidão que ia adiante, e a que seguia, clamava, dizendo: Hosana ao Filho de Davi; bendito o que vem em nome do Senhor. Hosana nas alturas! E, entrando ele em Jerusalém, toda a cidade se alvoroçou, dizendo: Quem é este? E a multidão dizia: Este é Jesus, o profeta de Nazaré da Galileia." (Mateus 21:6-11). Toda a nossa atenção, para nosso propósito aqui, gira em torno do último verso: conquanto havia os que enxergavam o Salvador como Quem Ele realmente era, o povo em geral O via como um profeta. Podemos fazer um paralelo com a maneira pela qual viam João Batista. Em certa ocasião em que os fariseus afrontavam o Senhor, ficaram num beco sem saída quando foram questionados sobre a origem do batismo que João fazia: "E eles arrazoavam entre si, dizendo: Se dissermos: Do céu, ele nos dirá: Então por que o não crestes? Se, porém, dissermos: Dos homens, tememos o povo. Porque todos sustentavam que João verdadeiramente era profeta." (Marcos 11:31-32). O que nos traz uma pergunta de extrema importância: como nós vemos Jesus? Como você, querido(a) leitor(a), vê Jesus?
Já não é de hoje que a figura de Cristo é "formada" (ou deformada) ao gosto das culturas e do espírito das épocas. Em nossa sociedade atrofiada pelo pós-modernismo, em que o ceticismo é a ordem do dia e a relativização do que é a verdade escala níveis cada vez mais absurdos, esta realidade se mostra desgraçadamente ainda mais gritante. Segundo seus gostos particulares, muitos estão pintando para si um simulacro de Jesus que é adorado por elas como se fosse o verdadeiro Deus. Já usei em muitas pregações o exemplo do McDonald's para ilustrar este tipo de atitude. Quando compramos nesta loja podemos escolher os famosos combos: sanduíche, batatas fritas, refrigerante e sobremesa. Com um detalhe: pode-se mudar sua configuração ao nosso bel-prazer. Em certa ocasião ajudei um turista americano que reclamava que seu pedido viera errado: o atendente lhe entregou um hambúrguer completo mas ele só queria os vegetais e os molhos. Sem pão, sem carne. Pois é, também achei esquisito. Mas lá é assim: cada um pede como quiser. Só que esta lógica de fast-food não se aplica quando o assunto é a Bíblia Sagrada. Ninguém deveria arbitrariamente separar os atributos divinos que mais lhe agradam e construir seu próprio ídolo. Isso mesmo, ídolo. Um deus criado é um deus falso. Fabricar mentalmente um salvador é o equivalente intelectual dos artífices citados pelo profeta Isaías: "O artífice funde a imagem, e o ourives a cobre de ouro, e forja para ela cadeias de prata. O empobrecido, que não pode oferecer tanto, escolhe madeira que não se apodrece; artífice sábio busca, para gravar uma imagem que não se pode mover." (Isaías 40:19-20). Ambos têm em comum a mesma consequência em seu trabalho: sua imagem de escultura não corresponde à realidade e em nada podem ajudá-los para salvação. É necessário resistir contra a pressão do mundo em nos fazer idólatras.
O Jesus verdadeiro é encontrado na Palavra de Deus. Cristo é o que a Bíblia diz que Ele é
Ele não foi apenas um profeta ou um simples sábio judeu do primeiro século. Não foi um "homem elevado" ou ainda um agitador comunista(!) do seu tempo. Jesus é Deus. Entre o que os homens dizem e o que a Palavra diz, o cristão deve estar sempre do lado da Palavra. Isto é algo de grande importância porque a forma como O vemos determina nosso futuro ao lado d'Ele ou distante de Sua presença. As Escrituras de fato não nos fornecem todos os detalhes da passagem do Senhor por esta terra caída mas contém toda a informação necessária para traçar o perfil d'Ele que nós precisamos conhecer. Seu estudo nos revela Suas credenciais divinas e Sua obra redentora em favor da humanidade. Em meu favor, em seu favor. Quando depositamos nossa fé na Palavra, o Espírito Santo opera em nossos corações nos fazendo conhecer o Salvador pessoalmente, em espírito. Esta experiência transforma o rumo da nossa vida neste mundo e por toda a eternidade e oro para que você, que porventura ainda não a provou, não parta desta vida sem fazê-lo. Deus é conhecido mediante a ação do Espírito Santo no coração humano, pela fé em Sua Palavra!
Dando um passo adiante: será que esta visão que a multidão tinha sobre o Senhor Jesus refletia uma fé genuína e bem fundamentada? Certamente não. No próximo texto vamos abordar a influência nefasta que as más opiniões podem exercer sobre aqueles que não têm sua vida firmada na Verdade Sagrada.
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