Quando a gente julga (sentencia, condena), estamos atacando o outro em cima de um erro. Veja que todo aquele que julga está deixando de olhar para si e colocando o foco no que está sendo julgado. Lembro-me de uma situação, no início da nossa caminhada com Deus, em que eu e meu irmão tivemos um desentendimento por causa disso. Não me recordo bem o motivo mas ele estava falando alguma coisa de alguém e eu acabei citando essa passagem na qual estamos meditando nestes dias, sobre julgar. Ele ficou irritado e apressou o passo na minha frente. Depois que leu os versículos, me recordo de ele ter aceitado aquele conselho. Não é fácil usar a razão quando a emoção clama por "justiça". Mas o que é certo não vai mudar por causa da minha ou da sua opinião.
Não podemos julgar e pronto.
Além disso, o Senhor diz: "Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão." (Mateus 7.4-5). Quando a gente julga, esquecemos que nós também cometemos erros. E que aquele que errou é tão necessitado de misericórdia como nós também somos. Jesus nos manda consertar primeiro os nossos defeitos não para poder julgar os outros depois mas sim para ajudá-los a ver melhor e abandonar suas falhas por si próprios. Quem julga quer assumir o superior papel de juiz; mas Juiz só existe Um.
Deus não nos proíbe de julgar (avaliar, considerar, ter opinião sobre algo); mas condiciona isso aos critérios descritos em Sua Palavra. Ele não nos dá liberdade para condenar a ninguém. Isto cabe somente a Ele: "Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira, porque está escrito: Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor." (Rm 12.19). Vamos purificar nossos olhos, nos despir de todo preconceito e avaliar tudo pela luz da Palavra de Deus, conforme está escrito:
"Examinai tudo. Retende o bem." (1Ts 1.21)
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