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Entre a confusão deste mundo e a simplicidade que há em Cristo



Vivemos tempos verdadeiramente incomuns. Observo que os fatos cotidianos, pelas muitas versões e pelos muitos meios em que são divulgados nos cercam de uma tal forma que produzem uma espécie de transe psicológico em que nossa consciência parece sofrer a tentativa constante de ser "emparedada", ao mesmo tempo em que se perpassa, ao fundo, uma estranha sensação, como aquelas músicas dos shoppings centers (que não sabemos quem toca nem de onde vêm), de que se pretende moldar o nosso comportamento de alguma forma. Sei que parece um raciocínio um pouco confuso ou complexo, dependendo do ponto de vista, mas que me faz dar uma atenção ainda maior para a advertência do apóstolo Paulo: "Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo." (2 Coríntios 11:3). Nesta nossa época, é preciso mais do que nunca que "deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta, olhando para Jesus," (Hebreus 12:1,2).

Não podemos abandonar a simplicidade que há no Senhor Jesus.

Se você meditar em Mateus 12.39-42, vai ver que o Senhor Jesus repreende os fariseus que queriam ver um sinal da parte d'Ele. O Mestre então diz que o povo de Nínive e a rainha do Sul ressurgirão no juízo e condenarão aquela geração má e perversa que duvidava de Quem Ele era de verdade. E o que havia de tão especial nos ninivitas e naquela mulher, para que fossem usados como exemplos pelo Senhor? Duas coisas me chamaram atenção: os primeiros ouviram a Palavra de Deus e responderam positivamente, arrependendo-se de seus pecados; a segunda viajou longa distância apenas para ouvir a sabedoria de Salomão, que sabemos ter sido concedida pelo próprio Deus, conforme está escrito: "eis que te dei um coração tão sábio e entendido, que antes de ti igual não houve, e depois de ti igual não se levantará." (1 Reis 3:12). Duas coisas simples que o Senhor procura em nós: um coração humilde para reconhecer seus erros e também desejoso de conhecer a Sua Palavra.


Será que no meio dessa avalanche de informações e de sugestões que recebemos todos os minutos não estamos nos afastando destas coisas mais simples? Será que a preocupação em compartilhar conteúdos cada vez mais polêmicos em nome da Palavra não está roubando a devida atenção que esta mesma Palavra deveria receber? Reconheço a importância de adquirir conhecimento; no entanto, qual seria o propósito de alguém se envolver tanto com o secularismo a ponto de desconhecer a Palavra que, segundo diz, quer que seja pregada com liberdade? E como se poderia pregar com autoridade o que não se conhece? Ou ainda: como anunciar com sinceridade os ensinamentos que não se pratica, quer por ignorância, relaxamento ou discordância? Penso que devemos tomar cuidado com tudo aquilo que permitimos habitar a nossa mente.

Não podemos admitir em nós uma cristandade sem as Palavras e as práticas de Jesus Cristo.

Acredito que Deus nos chama sempre para a simplicidade do relacionamento com Ele. Também tenho para mim que não é por acaso que a alma humana sente paz quando está longe dos barulhos das cidades e das notificações, cercada apenas pelos sons e cores da natureza formada pelas mãos do Criador. Claramente não estou aqui defendendo que sejamos ermitões do século 21; meu ponto é que não devemos permitir que as ondas que tentam sufocar nossa comunhão com Deus prevaleçam e que nada pode substituir a pureza da nossa vida com Ele. Conserve o seu coração sempre inclinado para responder positivamente quando ouvir a voz do Altíssimo e sempre busque se alimentar mais e mais da Sua sabedoria. Noves fora, dessas coisas é que Ele se agrada.


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