Na última sexta-feira eu e a Núbia participamos de uma vigília, na qual dedicamos tempo para buscar mais intimidade com Deus. Em um dos momentos em que estava assentado, participando do culto, me veio um pensamento sobre uma Palavra que havia lido, se não me falha a memória, naquele mesmo dia. Está em Romanos, capítulo 15 e versículo 14: “Eu próprio, meus irmãos, certo estou, a respeito de vós, que vós mesmos estais cheios de bondade, cheios de todo o conhecimento, podendo admoestar-vos uns aos outros.” Então veio a pergunta determinante: “Do que as pessoas estão cheias?” Os cristãos em Roma estavam repletos de bondade e conhecimento mas... e quanto a nós?
Do que você está cheio(a)?
O Senhor Jesus Cristo ensinou: “Pois do que há em abundância no coração, disso fala a boca.” (Mateus 12.34). Nossas palavras são a expressão daquilo que carregamos dentro de nós; assim também as nossas atitudes refletem tudo o que permitimos que entre na nossa mente e alma. Daí podermos mensurar a importância que há em filtrar muito bem o que vem até nós proveniente das fontes deste mundo. Vamos refletir por um instante em nossa própria vida: quantas vezes erramos clamorosamente porque agimos quando estávamos “cheios”? Cheios de ira, de indignação, de vergonha, de medo? Cheios de informações erradas, de pensamentos enganosos, de sentimentos maldosos? Um ser humano com o coração “cheio” de coisas ruins é uma bomba relógio; pode explodir a qualquer hora e em qualquer lugar, ferindo todos os que estiverem em volta. O diabo se aproveita destes momentos para incentivar o pecado e, depois do estrago feito, prontamente lançar toda sorte de acusações e culpa.
É impossível manter a cabeça e o coração vazios. Sempre estaremos pensando em algo, sentindo algo. Sendo assim, o nosso foco deve estar em escolher as coisas com as quais vamos preencher nosso interior. A Palavra de Deus nos dá um conselho valiosíssimo sobre este assunto: “E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito; falando entre vós em salmos, e hinos, e cânticos espirituais; cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração; dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo; sujeitando-vos uns aos outros no temor de Deus.” (Efésios 5.18-21). Nossa busca deve ser encher nossa vida com o Espírito Santo. Como? Falando a Palavra entre nós, cantando e adorando a Deus, e agradecendo por tudo. Quanto maior for a sua comunhão com o Altíssimo, mais cheio(a) será dos Seus pensamentos. Aliás, é para as coisas justas que a nossa mente deve estar dirigida: “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.” (Filipenses 4.8).
Quais são os pensamentos que estão enchendo a sua mente? E quais são os sentimentos que estão preenchendo o seu coração?
Já vimos como é importante atentar para estas coisas. Se estivermos cheios do que é mal, vamos falar e fazer o que é mal; se nos enchermos do que é bom, nossas palavras e atitudes transmitirão estas coisas. Diante das situações difíceis, dos nossos desertos e provações, diante das injustiças e de todo mal, o Senhor vai nos sustentar! É o que carregamos dentro de nós que faz a diferença! Lembre-se do caso de Estêvão: os judeus o odiavam mas, mesmo assim, ele permaneceu fiel ao seu chamado. Está escrito: “E, ouvindo eles isto, enfureciam-se em seus corações, e rangiam os dentes contra ele. Mas ele, estando cheio do Espírito Santo, fixando os olhos no céu, viu a glória de Deus, e Jesus, que estava à direita de Deus; e disse: Eis que vejo os céus abertos, e o Filho do homem, que está em pé à mão direita de Deus. Mas eles gritaram com grande voz, taparam os seus ouvidos, e arremeteram unânimes contra ele.” (Atos 7.54-57). Ainda que diante da morte, ele não retrocedeu porque estava cheio de Deus. Esvazie-se de tudo o que é mal e se encha do Espírito Santo!
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