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Jesus Cristo e o divórcio (II)



Ainda se tratando do assunto do divórcio, os fariseus perguntaram ao Senhor Jesus: “Disseram-lhe eles: Então, por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio, e repudiá-la?” (Mateus 19.7). Ao que Cristo lhes respondeu: “Disse-lhes ele: Moisés, por causa da dureza dos vossos corações, vos permitiu repudiar vossas mulheres; mas ao princípio não foi assim.” (Mateus 19.8). É fato que as separações fazem parte do cotidiano dos seres humanos desde muito tempo atrás e vemos igualmente todos os malefícios que elas trazem. Gostaria de abordar dois pontos muito importantes da fala do Mestre mas antes vou apontar uma forte razão pela qual acredito que há tantos divórcios:

Relacionamentos que não deveriam nem sequer ter começado

Sim, acredito que muitas separações começam no namoro. É na fase inicial de conhecimento do outro que vamos buscar as principais características que vão fazer do dele um bom cônjuge: vida espiritual, bom caráter, preferências, expectativas para o futuro entre outros aspectos menos importantes. Se não encontramos o que nos agrada, é hora de encerrar o papo e buscar em Deus a pessoa adequada. Ou pelo menos deveria ser assim. O que a experiência tem mostrado para nós é que muita gente ignora essas avaliações iniciais e, levada pelos sentimentos do coração e/ou pelos apelos da carne, acaba por unir-se em matrimônio de qualquer maneira. Há vários exemplos de pessoas que hoje sofrem dentro de um relacionamento abusivo, e outras tantas já em processo de separação, porque decidiram com a emoção e não com a fé inteligente. Por isso, se você ainda é solteiro e tem oportunidade de escolher, a fala de Abraão a seguir tem muito a ensinar: “Para que eu te faça jurar pelo Senhor Deus dos céus e Deus da terra, que não tomarás para meu filho mulher das filhas dos cananeus, no meio dos quais eu habito. Mas que irás à minha terra e à minha parentela, e dali tomarás mulher para meu filho Isaque.” (Gênesis 24.3-4). Aplicado aos nosso dias, entendo que o ensino desta passagem nos diz que  a busca do solteiro deve se restringir a alguém que tenha a mesma fé e compartilhe dos mesmos valores espirituais. Penso ser muito perigoso arriscar no contrário; sinceramente acredito que muitos divórcios poderiam ser evitados se as pessoas apenas tivessem mais critério na fase do namoro.


Voltando ao que o Senhor Jesus disse, vemos que a vontade de Deus, no princípio, era que a união entre homem e mulher não fosse rompida. Daí entendemos que a ideia da separação é contrária ao desígnio do Senhor. Sendo assim, é mais que natural ver o mundo exaltá-la. Por este dias fiquei sabendo que está virando moda fazer comemoração “celebrando” o divórcio. Mas celebrar o que, exatamente? A incapacidade de escolher um companheiro (a) para a vida toda? A inabilidade de resolver as crises conjugais que todo casal atravessa? A fraqueza demonstrada na quebra dos votos feitos, muitas vezes, diante de Deus? Não me parecem coisas dignas de festejo algum. A banalização do casamento e do significado desta aliança geram as bizarrices que temos visto por aí afora. Se você é casado(a) e está passando por dificuldades pode parecer que a separação é a melhor opção: cada um vai viver a sua vida e a tensão acaba. Mas será que é isso mesmo? Você acha mesmo que vai ser simples assim? Pense nas pessoas divorciadas que você conhece. Em geral, como foi a história delas? Felizes? Passaram pelo processo todo sem marcas? Se havia filhos, quais foram as consequências para as crianças? Creio que são questões que valem uma reflexão. Lembre-se que a vontade de Deus é “boa, agradável, e perfeita” (Romanos 12.2):

se Ele não aprovou a separação no princípio, com certeza há uma boa razão para isso

O segundo ponto a ser observado é que Cristo disse que Moisés permitiu o repúdio por causa da dureza do coração humano. Ou seja, a concessão tem como base uma falha do homem e não expressa o desejo divino em si. O que me leva a refletir que, se nós tivéssemos uma maior sensibilidade para aprender as coisas de Deus  a fim de amá-Lo mais acima de tudo e ao nosso próximo como a nós mesmos, haveria menos separações. Quando um casal chega ao ponto de querer o divórcio é sinal que os corações já estão bem fechados. E o pior, às vezes não há intenção de fazer o esforço na direção contrária, de torná-lo mais sensível a Deus e ao outro e então buscar as ferramentas necessárias para mudar a situação. Acredito que muita gente está separada hoje não é porque o “amor acabou”, nem porque “já não dava mais certo”; é porque desistiu de lutar. Cansou de orar, cansou de fazer o bem, cansou de acreditar, até que chegou o momento de jogar a toalha. Está escrito: “E não nos cansemos de fazer bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido.” (Gálatas 6.9). Há incontáveis testemunhos de pessoas que decidiram lutar pelos seus casamentos e hoje vivem felizes e realizadas. Tenho certeza que você, que passa por momentos terríveis em seu relacionamento, pode se juntar a elas.


Quero aproveitar para reforçar o convite para esta Caminhada do Amor, que será realizada no dia 20 de abril. Converse com seu parceiro para que vocês dediquem tempo ao relacionamento de vocês. Pode ser um grande remédio para todas feridas que porventura existam. Mais informações no link a seguir: Caminhada do Amor 2022: informações importantes (universal.org). Vai valer a pena.


P.S: aqui você encontra algumas mensagens sobre vida amorosa (são as sete primeiras). Se for do seu interesse, creio que vai compensar o clique: https://open.spotify.com/show/3FGGKVNI55AiRuzcL83346?si=5319fa21c63d4f48

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