No evangelho de Mateus, capítulo 19, versículo 12, está escrito: “Porque há eunucos que assim nasceram do ventre da mãe; e há eunucos que foram castrados pelos homens; e há eunucos que se castraram a si mesmos, por causa do reino dos céus. Quem pode receber isto, receba-o.” De um certo tempo pra cá, esta passagem tem sido utilizada como uma “prova” de que Deus criou pessoas com orientação homossexual. Tudo isso por causa da má compreensão ou da imposição forçada de um sentido diferente sobre palavra “eunuco”, usada três vezes na fala do Mestre. Penso que o primeiro ponto a ser esclarecido é justamente o fato de que este versículo, nem outro qualquer na Palavra de Deus, respalda a prática homoafetiva.
Se o Senhor permitir, abordaremos este assunto de forma mais aprofundada em um segundo momento
A começar pelo sentido estrito da palavra eunuco, por exemplo, segundo o Dicio: “Castrado; indivíduo cujos testículos e/ou o pênis foram removidos ou são congenitamente incapazes. [Por Extensão] Figurado. Aquele que é impotente espiritual ou fisicamente. Uso Antigo. Homem que, no Oriente, era castrado e tinha a responsabilidade de proteger as mulheres no harém.” Não há nenhuma pista no significado do termo que indique homossexualidade; se é plausível alegar que havia homens castrados ou incapazes fisicamente no passado que eram homossexuais, isso de forma alguma quer dizer que Jesus estava associando os eunucos dos quais Ele falava às práticas homoafetivas. Os termos eunuco e homossexual, e seus respectivos sentidos, definitivamente não são sinônimos. Dito isso, podemos passar a refletir sobre o que o Senhor quis dizer sobre os três tipos de eunucos: o de nascença, os que foram castrados pelos homens e os que se castraram a si mesmos, por causa do reino dos céus.
Se olharmos para o contexto em que o Mestre declarou estas palavras, o assunto é o divórcio e o casamento. Nos versos 10 e 11 os discípulos disseram: “Disseram-lhe seus discípulos: Se assim é a condição do homem relativamente à mulher, não convém casar. Ele, porém, lhes disse: Nem todos podem receber esta palavra, mas só aqueles a quem foi concedido.” Logo, o assunto é a questão matrimonial. O que nos ajuda a compreender ainda melhor o significado do termo eunuco nesta passagem. O de nascença é aquele homem que, por alguma característica congênita, está privado de ter relações sexuais e , consequentemente, do casamento.
Fazendo uma rápida pesquisa, descobri que esta condição é rara; no entanto, como lemos na Bíblia, já estava presente há centenas de anos atrás
Penso que o segundo grupo, dos homens que foram emasculados, são os que vem mais rapidamente à nossa memória quando tratamos deste assunto. Nas guerras do passado, alguns prisioneiros sofriam a mutilação das suas partes íntimas para que fossem eunucos. Seu trabalho mais conhecido era o de guarda dos haréns dos reis aos quais serviam. E apesar do que possamos imaginar, havia o emprego de eunucos em funções como, por exemplo, de cantores, até não muito tempo atrás. Já o terceiro grupo é constituído por aqueles que, voluntariamente, decidiram se privar das relações sexuais para que possam se dedicar mais na obra de Deus. Entre os tais, podemos apontar o apóstolo Paulo, que disse: “Porque quereria que todos os homens fossem como eu mesmo; mas cada um tem de Deus o seu próprio dom, um de uma maneira e outro de outra. Digo, porém, aos solteiros e às viúvas, que lhes é bom se ficarem como eu. Mas, se não podem conter-se, casem-se. Porque é melhor casar do que abrasar-se. Todavia, aos casados mando, não eu mas o Senhor, que a mulher não se aparte do marido.” (1Coríntios 7.7-10). Antes de encerrarmos este texto, gostaria de destacar duas coisas aqui que são muito importantes.
Primeiro, o apóstolo considerava a capacidade de estar solteiro, sem ter relações sexuais, um dom de Deus que não era para todos. E não poderia ser diferente, uma vez que o próprio Senhor já havia dito que a vida celibatária era só para “só aqueles a quem foi concedido”, como lemos anteriormente. Logo, acredito que tal coisa não pode ser imposta de forma nenhuma, sob pena, por exemplo, de dar lugar a episódios horrendos que vez por outra viram notícia, praticados por homens que jamais deveriam ter ocupado qualquer tipo de sacerdócio, onde quer que seja. Paulo decidiu, para servir melhor a Deus, permanecer solteiro. Em segundo lugar, o casamento é projeto divino. E neste mesmo conselho do apóstolo, usado pelo Espírito Santo, mais uma vez é reforçada a necessidade de o casal permanecer unido, porque esta é a vontade de Deus. Se você está passando por dificuldades na vida amorosa, é hora de buscar ajuda especializada. Na próxima quinta-feira, vá até a Universal mais próxima da sua casa e participe da Terapia do Amor. Se estiver longe da igreja, acesse: Univer Vídeo - Conteúdo que faz bem para toda a família (univervideo.com), assine e participe online. Não desista de viver a vontade de Deus em sua vida!
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