Você conhece a história do metro? Segundo o artigo Matemática: Origem do metro - UOL Educação, "a Academia (Francesa) criou um comitê que se incumbiria de criar padrões de massa e comprimento, e assim se redescobriram as ideias de Gabriel Mouton (matemático e vigário francês). Em 1792, uma equipe de físicos, astrônomos e geodesistas iniciaram os trabalhos de medição do meridiano. Eles mediram a distância entre Barcelona e Dunquerque (tais pontos não foram escolhidos ao acaso: Dunquerque e Barcelona ficam ao nível do mar, facilitando a medição). Isso porque, para medir o segmento de meridiano, era preciso escolher um arco, ou seja, um pedaço do quadrante. O arco entre Dunquerque e Barcelona ocupa 9,5 graus do quadrante. Como o quadrante corresponde a 90 graus, calcula-se proporcionalmente o comprimento total. Com esse método, os cientistas chegaram a aproximadamente 10 mil quilômetros - com uma margem de erro de 0,023 %, segundo medições recentes. Dividindo esse valor por 10 milhões, chegou-se ao metro, um padrão constante como o tamanho do planeta que lhe deu origem." Para solucionar a confusão de pesos e medidas na época, foi decidido estabelecer um padrão ao qual todos pudessem seguir. Pesquisando na internet, parece-me que a última definição de metro é: uma unidade de distância que se define como o comprimento da trajetória percorrida no vácuo pela luz durante um intervalo de tempo que corresponde à fração 1/299792458 de segundo. Ufa.
Citei toda essa história para que, já sabendo que é impossível julgar, possamos compreender melhor sobre como devemos fazer isso.
Já falamos sobre o ato de julgar, no sentido de avaliar, que a Bíblia não condena. Mas não é por isso que devo sair por aí formando opiniões sobre as coisas e pessoas sem critério algum. Imagine, por exemplo, se ainda vivêssemos em um mundo sem medidas padronizadas. Você vai numa loja de material elétrico e precisa comprar o equivalente a um metro de fio. O vendedor separa um pedaço de trinta centímetros e te entrega. Logicamente você não aceita e então começa a discussão: quem está certo? Qual metro é o correto, o seu ou o do vendedor? Seria uma grande bagunça. Daí percebemos a necessidade de se ter um padrão com o qual possamos comparar, ou julgar, melhor as coisas. Cristo nos dá este "metro espiritual": a Sua Santa Palavra.
Em João 7.24, lemos: "Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça.". Todos nós podemos ser influenciados pelas circunstâncias ao nosso redor: pela nossa criação; por opiniões de terceiros a nosso respeito ou sobre outras pessoas; pelas famigeradas fake news; por nossos próprios sentimentos e desejos etc. Mas não devemos julgar tudo à nossa volta com base nestes critérios: há uma medida padrão a ser seguida, que Deus determinou em Sua Palavra. Nela temos as diretrizes corretas para nosso comportamento para com o Altíssimo e para com o nosso semelhante e todas as ferramentas necessárias para discernir o que é bom do que é mal. Seguindo a Sua orientação, aprendemos que: "Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons. Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo." (Mateus 7:18,19) e que "obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, fornicação, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus." (Gl 5:19-21). Em seguida diz: "o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança." (Gl 5:22). A partir daí, observamos as pessoas e somos expostos a situações que comparamos com a Palavra.
Então chegamos às nossas conclusões e então tomamos a decisão que julgamos (!) ser melhor para a nossa vida.
Com qual padrão você tem comparado o seu comportamento? Por qual medida você tem julgado as situações e as pessoas ao seu redor? Não devemos cair na tentação de nos guiarmos pelas regras deste mundo. O Senhor Jesus Cristo já nos deu todas as "unidades de medida". Cabe a cada um se exercitar na prática desta Palavra, "tornando-nos recomendáveis em tudo (...) na palavra da verdade, no poder de Deus, pelas armas da justiça, à direita e à esquerda(...)" (2Co 6:7).
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