"Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas? E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado à sua estatura? E, quanto ao vestuário, por que andais solícitos? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham nem fiam; e eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe, e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pouca fé?" (Mateus 6.26-30)
O sentimento de preocupação faz parte de todos os seres humanos. Quem nunca passou a noite acordado antes de uma apresentação importante na escola ou no trabalho? Quem nunca se pegou coçando a cabeça esperando o resultado de um concurso? E quem nunca ficou tenso antes de levar um exame para avaliação médica? Apesar de ser uma reação comum e aparentemente inofensiva (exceto para as unhas dos roedores de plantão), é preciso esclarecer as coisas:
Preocupar-se faz mal para a saúde, não é inteligente, não é produtivo e, pior de tudo, DESAGRADA a Deus
A preocupação é irmã da ansiedade. Junto com o estresse, formam uma "família" capaz de destruir a vida de centenas de milhares de pessoas como temos visto pelo mundo afora. Uma rápida pesquisa na internet já aponta alguns sintomas físicos deste trio infernal, que vão de dores de cabeça e tensão muscular até taquicardia e insônia. E não há remédio humano que cure as causas destes problemas. Na minha experiência com várias pessoas que se trataram com antidepressivos, antipsicóticos e outros medicamentos da mesma categoria, os resultados sempre estiveram muito, mas muito longe do esperado. Alimentar preocupações não é inteligente. O próprio Senhor nos adverte que, por mais que alguém fique ansioso, não pode aumentar nem mesmo sua própria estatura. Como poderia controlar outros fatores externos? Ter o pleno domínio de todos os eventos da nossa vida não passa de uma doce utopia. O melhor que podemos fazer é semear o que queremos colher e, quando as coisas não saírem da forma como esperamos, confiar em Deus e reagir com a fé e a coragem que a situação adversa exigir.
Ficar preocupado não é produtivo. Sinceramente, quem faz um trabalho de melhor qualidade enquanto está pensando que tudo vai dar errado, que não vai dar tempo, que tudo está perdido? Quem acorda com as forças renovadas pela manhã depois de uma noite terrível pensando nos problemas? O estresse contribui para o atraso, não para o avanço. Não é à toa que muitas empresas estão adotando as chamadas "salas de descompressão", para que seus funcionários possam aliviar suas tensões e assim produzirem mais e melhor.
Quem vive preocupado só olha o presente; não tem cabeça nem forças para planejar o futuro
Andar preocupado não agrada a Deus. Pelo simples fato de que toda preocupação nasce de uma desconfiança. Se você tem filhos, certamente não os deixa com estranhos porque não confia neles; no entanto, passaria um final de semana tranquilo longe de casa se as crianças ficassem aos cuidados dos avós. Toda preocupação nasce de uma dúvida. Logo, é impossível crer em Deus e ficar ansioso ao mesmo tempo. Quem crê, entrega, confia e por isso tem paz. Se o Senhor cuida das plantas e dos animais, não cuidará de nós que fomos feitos à Sua imagem e semelhança? Penso que a pergunta que os ansiosos estão se fazendo agora é a seguinte: "Como posso vencer isso? Como tirar essa preocupação de dentro de mim?" Assunto para o próximo post.
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