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2° Dia do Jejum de Daniel: O exemplo do menino

Atualizado: 13 de mar. de 2024



Uma coisa que chamou muito a minha atenção é que o Senhor Jesus, em um primeiro momento, não responde a pergunta dos discípulos (para compreender melhor, leia aqui - https://www.willerfelix.com.br/post/1-dia-do-jejum-de-daniel-quem-%C3%A9-o-maior - e depois volte pra cá) mas chama um menino e o põe no meio deles. Então diz: "Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos fizerdes como meninos, de modo algum entrareis no reino dos céus." (Mateus 18:3). Reflita sobre o peso destas palavras, pronunciadas diretamente pelo Senhor e nas suas implicações.

Permita-me tentar contribuir um pouco sobre este assunto tão importante

Em primeiro lugar, o espírito de disputa que havia entre os discípulos, sobre quem era maior, era sinal de falta de conversão. O orgulho, a preocupação em ser colocado em destaque, o desejo de aparecer mais do que o outro, a vaidade da aparência e dos modos, entre outras coisas, apontam para um distanciamento da genuína vida cristã, conforme ensinada na Bíblia Sagrada. Podemos confirmar isso com as palavras do próprio Senhor, referindo-se aos fariseus: "Guardai-vos dos escribas, que querem andar com vestes compridas; e amam as saudações nas praças, e as principais cadeiras nas sinagogas, e os primeiros lugares nos banquetes;" (Lucas 20:46). Os hipócritas do presente amam ostentar as grifes; desejam receber cada vez mais acenos virtuais nas praças modernas da internet, que podem reunir em torno de si quase o mundo todo; tudo isso sem jamais abandonar a gana de "brilhar" nos lugares que consideram mais importantes. O modus operandi é o mesmo porque os demônios por detrás também é são os mesmos. Não podemos nos enganar com as glórias deste mundo e tampouco incorrer no pecado dos fariseus. Cristo apontou de maneira incisiva este erro entre os discípulos e ensinou, a eles e a nós, como realmente devemos ser e agir. Voltemos ao menino.


Imagine como aquela criança não deve ter se sentido no meio daqueles homens, sendo apontada por Deus como um exemplo a ser seguido! Talvez tenha experimentado um certo desconforto, quem sabe uma mistura de incompreensão e constrangimento. Mas de uma coisa tenho a mais absoluta certeza: não havia no coração daquele pequeno a mancha destruidora do orgulho. Você se lembra da sua infância, quando frequentava a "escolinha"? Responda sinceramente: havia alguma preocupação em ser superior? Havia um desejo explícito de humilhar, ofender ou causar sofrimento no seu semelhante? Tenho dois sobrinhos pequenos e, pela natureza do trabalho missionário, estou sempre em contato com muitas pessoas e suas respectivas famílias, em que com frequência há crianças. A humildade e a inocência, a sinceridade, a transparência, a alegria verdadeira, a dependência dos pais, entre outras características próprias delas nos fazem refletir sobre como deve ser nosso relacionamento com Deus e com o nosso próximo.

É o Senhor quem as aponta como modelo para nós

Não pode haver espaço para a prepotência na vida daquele que quer agradar a Deus. O segundo ponto marcante da fala de Jesus diz respeito à eternidade. Quem não for humilde como um menino, abandonando toda vaidade e presunção, não será SALVO! Esta postura dependente do Pai celestial e submissa à Sua autoridade, desapegada da necessidade humana de ser exaltado e louvado é condição essencial para entrar no reino eterno! Queria muito de ser capaz de transmitir para você, com clareza, o quanto isso é importante. A Palavra nos exorta que "Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes." (Tiago 4:6) e ainda diz: "Porque tu livrarás o povo aflito, e abaterás os olhos altivos." (Salmos 18:27). O favor de Deus estará ao lado dos humildes de espírito e ainda lhes promete que "deles é o reino dos céus;" (Mateus 5:3). Quem quer ser salvo, tem que abandonar o orgulho e assumir uma posição de serviço diante do Senhor e do seu próximo. Nossa salvação depende da conversão ao Senhor Jesus Cristo, que por sua vez produz um caráter que repele o sentimento altivo e invejoso. Nosso exemplo não é o dos homens poderosos deste mundo que impõe suas vontades pela força da violência; não é o dos que se glorificam e requerem para si mesmos adoração; nosso modelo é o do menino humilde que se preocupa, pura e simplesmente, em fazer a vontade do Pai.

 

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