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19° Dia do Jejum de Daniel: Praticando a leitura da Bíblia (Parte 2)



E então, vamos comparar o nosso entendimento e buscar aprender juntos? Suponho que você tenha meditado em Mateus 18.23-35. Caso não, interrompa a leitura aqui e faça isso.

Se já leu e chegou a escrever os pontos que em que Deus falou com você ou até mesmo onde surgiram dúvidas, pode pegar as suas anotações agora e prosseguir

"Por isso o reino dos céus pode comparar-se a um certo rei que quis fazer contas com os seus servos;" (Mateus 18:23): a primeira coisa que me salta aos olhos é a ligação que o Senhor Jesus faz logo no início, falando "Por isso". Ele ensinava a Pedro sobre a necessidade de perdoar sem limites e então começa a falar sobre o reino dos céus. Quer dizer, a parábola vai reforçar a ideia do perdão; vai enfatizar o quanto é importante (na verdade, indispensável) oferecer misericórdia aos que nos ofendem.


Em seguida, o Mestre compara o reino dos céus a um certo rei. Entendo o reino como uma representação da salvação eterna. O rei é Deus. Podemos compreender este paralelo com versículos como este: "Eis que Deus é a minha salvação; nele confiarei, e não temerei, porque o SENHOR DEUS é a minha força e o meu cântico, e se tornou a minha salvação." (Isaías 12:2). A salvação da nossa alma vem d'Ele e está n'Ele: "Eu, eu sou o Senhor, e fora de mim não há Salvador." (Isaías 43:11). Então, haverá um momento em que este rei, que é o Deus Salvador, chamará Seus servos para acertar contas, o que sabemos, no decorrer da parábola, que significa cobrar dívidas. Todos nós temos débitos com Deus desde que nascemos neste mundo. Quando nossos primeiros pais, Adão e Eva, pecaram, toda a humanidade passou a carregar o pecado e sua respectiva consequência, que é a morte. O Senhor havia dito: "De toda a árvore do jardim comerás livremente, Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás." (Gênesis 2:16,17). Eles comeram e a morte entrou no mundo. Como está escrito: "Porque, como pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim pela obediência de um muitos serão feitos justos." (Romanos 5:19). Nossa natureza pecaminosa nos coloca em uma condição de alvos da justiça divina, merecedores de uma punição que será eterna e da qual não podemos escapar por nossos próprios esforços. O dia do acerto de contas, para o bem e para o mal, chegará para todos.


"E, começando a fazer contas, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil talentos; e, não tendo ele com que pagar, o seu senhor mandou que ele, e sua mulher e seus filhos fossem vendidos, com tudo quanto tinha, para que a dívida se lhe pagasse." (Mateus 18:24,25):  este servo representa cada um de nós. Para que a gente tenha uma ideia, o talento era uma unidade de medida que equivalia a quase sessenta quilos. Logo, o tal servo devia quase seiscentas toneladas de ouro ou de prata para o rei. Calculada hoje com base no ouro, a dívida seria de mais de duzentos e dezoito bilhões de reais. Impagável para um simples servo. E a presença da mulher e dos filhos só reforça como aquela conta era altíssima. E é aqui que está o X da questão para mim: nossa dívida por causa do pecado é impagável e a sua consequência é eterna. Não há bondade, caridade, boas obras, generosidade, simpatia, não há nada que possa remover sequer um centavo dessa conta. Está escrito: "Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia;" (Isaías 64:6).

Se até o que nós achamos que é bom é sujo aos olhos de Deus... o que resta para nós? É nesta hora que o Senhor nos oferece o Caminho

"Então aquele servo, prostrando-se, o reverenciava, dizendo: Senhor, sê generoso para comigo, e tudo te pagarei. Então o Senhor daquele servo, movido de íntima compaixão, soltou-o e perdoou-lhe a dívida." (Mateus 18:26,27): diante da perspectiva terrível de sofrer por causa daquela dívida impagável, o servo clama por misericórdia, ainda com a intenção de pagar seu débito de alguma forma. E o rei, emocionado, tira o servo da prisão e o perdoa completamente. Pela sua misericórdia e poder, o rei liberta o servo do peso daquela conta altíssima, suspendendo a cobrança e assumindo para si o prejuízo. Leia a passagem a seguir e perceba a conexão que existe: "E, quando vós estáveis mortos nos pecados, e na incircuncisão da vossa carne, vos vivificou juntamente com ele, perdoando-vos todas as ofensas, havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz." (Colossenses 2:13,14). Quando Deus entregou o Seu Filho como sacrifício na cruz, o nosso débito estava sendo inteiramente pago. O Senhor Jesus carregou as nossas culpas sobre Si, garantindo misericórdia para todos quantos O recebessem. Está escrito: "Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação." (2 Coríntios 5:19). O nosso Rei é misericordioso e nos garante perdão se pedirmos, com arrependimento: "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça." (1 João 1:9). Se Deus permitir, amanhã vamos continuar o estudo desta parábola falando sobre o que o servo perdoado fez... e infelizmente não foi coisa boa. Pegue a sua Bíblia e participe conosco neste final de Jejum de Daniel.



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